DISSE JESUS : " Se eu não tivesse VINDO e não tivesse FALADO para eles,eles não seriam CULPADOS de pecados. Mas agora eles não tem nenhuma DESCULPA do seu próprio PECADO. " JOÃO 15:22
sábado, 31 de março de 2012
AUTO-ESTIMA NÃO É VAIDADE
Costumamos usar uma série de palavras com o intuito de descrever certas sensações de bem-estar e de prazer que buscamos insistentemente. Falamos em auto-estima, orgulho, amor-próprio, honra e vaidade sem nos darmos conta de que nem sempre correspondem ao mesmo processo íntimo.
quarta-feira, 21 de março de 2012
Não Sabemos Lidar com Divergências
Flávio Gikovate - Julho/2000 | |
Uma das contradições mais graves que carregamos é esta: gostamos de ser únicos e originais, mas esperamos que todos pensem como nós e até que sintam o que sentimos. Nossa imagem de liberais e democratas vai por água abaixo assim que enfrentamos uma opinião divergente sobre os temas mais banais – um filme que amamos ou uma música que detestamos. De futebol à religião, expressamos essa intolerância: queremos que as pessoas não só creiam no mesmo deus, mas que o concebam da mesma forma. Do ângulo da razão, desconfiamos dos que se mostram diferentes, de todos aqueles com quem não nos identificamos e das coisas que não compreendemos. Do ponto de vista emocional, não toleramos as diferenças porque nos fazem sentir sozinhos, desamparados. Uma simples divergência sobre um assunto irrelevante pode causar a separação de duas pessoas, especialmente se elas acreditam sinceramente nos seus pontos de vista e têm a convicção de que estão certas. As relações só sobrevivem quando percebemos o lado rico dessa convivência com pensamentos diversificados. Todo mundo se diz tolerante e compreensivo em relação a posições divergentes, mas na verdade são poucos os que não se sentem de alguma forma ofendidos pelas diferenças. E elas são a raiz dos preconceitos, que não passam de generalizações precipitadas e negativas que brotam com facilidade em nossa alma. Talvez nenhum de nós esteja livre – e consciente – da condição de preconceituoso. Quando nos referimos de maneira irônica ou humilhante àquela pessoa cuja diferença nos incomoda, revelamos nosso preconceito – seja racial, religioso, social, político ou intelectual. Esta reação de aparente desprezo, na verdade, encobre o que realmente o alimenta: a inveja. Usamos esse disfarce sempre que nos julgamos inferiores. Nossa tendência arraigada de atribuir valor às pessoas e de compará-las nos leva inevitavelmente a julgar umas melhores do que as outras. Nem sequer cogitamos a hipótese de que sejam apenas diferentes. Como consideramos nossa própria escala de valores, tampouco estamos dispostos a entender o outro ou os critérios dele – o que implicaria em reavaliar os nossos. Enquanto insistirmos em pensar desse modo equivocado, continuaremos a cometer os erros de sempre: orgulho, quando julgamos nosso modo de ser invejável; inveja, quando ocorre o inverso. Esse eterno círculo vicioso provoca desdobramentos gravíssimos. O maior exemplo é o da guerra entre os sexos. Homens e mulheres têm diferenças marcantes – da anatomia à maneira de pensar. Desde que os homens se declararam superiores às mulheres a partir da sua escala de valores, eles gastam uma enorme energia tentando provar a inferioridade delas – o que não seria necessário caso estivessem, mesmo, convictos de sua supremacia. As lutas femininas em defesa da tese igualitária não diminuíram nossa dificuldade de pensar com liberdade, sem a urgência de avaliar quem é maior ou melhor. As mulheres não são inferiores nem iguais aos homens. São diferentes. E, como já vimos, diferenças não precisam gerar reflexões amarradas a juízos de valor, que rendem veredictos hierárquicos. Precisam apenas ser respeitadas. |
segunda-feira, 12 de março de 2012
Juventude: A utopia da onipotência
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domingo, 4 de março de 2012
Mulheres Muito Exigentes na Escolha do Parceiro
Flávio Gikovate - Fevereiro/2001 | |
Eis aí um tema que tem de ser abordado com muito cuidado, pois há condições em que uma mulher está, de fato, sendo muito exigente na escolha de um namorado – e, eventualmente, um futuro marido. Acontece que tal exigência pode ser muito justificada, ou estar totalmente em desacordo com a realidade, condição que deixará a mulher frustrada em suas expectativas. E ainda tem mais: talvez seja justo exigir muito de um parceiro, mas isto pode também implicar apenas no desejo de levar vantagem, envolvendo uma mentalidade um tanto oportunista. Vamos caminhando devagar. Quando uma moça inteligente, esforçada, independente e atraente busca, para si, um rapaz que esteja à sua altura, que também seja portador de peculiaridades similares à sua, não estará, em hipótese alguma, pretendendo demais. Poderá ter dificuldade em encontrar um par adequado – até porque são poucos os homens assim prendados – e não são raras as situações em que alguns familiares dizem a ela, especialmente quando costuma recusar pretendentes que julga inferiores, que agindo dessa maneira acabará ficando sozinha, que é melhor não ser tão exigente e aceitar a corte de um tal moço “que é bom e que gosta dela, mesmo não tendo tantas qualidades”. O que está acontecendo aqui é uma certa aflição, presente em muitos pais e avós até hoje, de que a moça, já estando com uma certa idade – em geral algo como 25 ou 30 anos – ainda não tenha se casado. Nas condições descritas acima, acredito que a moça faz muito bem em não aceitar menos do que ela acha que merece, em não abaixar suas expectativas – pois não se trata de uma “liquidação”, na qual a “mercadoria” terá de “desencalhar” a qualquer custo. Acontece, porém, que muitas moças acham que merecem muito mais do que, de fato, merecem. E aí ficamos sempre numa situação muito difícil para julgar, pois trata-se de uma avaliação subjetiva. Quando é essa a situação, é claro que são os pais que têm razão, e a moça deveria se tornar menos pretensiosa e aceitar alguém à sua altura. Como julgar em cada caso concreto? É muito difícil ser categórico, mas acredito, como regra geral, que devemos tentar nos atribuir valores que podemos medir. Por exemplo, uma moça que se acha muito inteligente e disciplinada, mas que não faz nada o dia inteiro deveria se reconhecer mais claramente como preguiçosa; em caso de dúvida, devemos deixar a decisão para os fatos. Até aqui, estamos nos referindo a mulheres que têm de si um determinado juízo e esperam poder encontrar alguém à altura – sendo que umas dão a si mesmas uma nota alta que efetivamente lhes cabe, enquanto outras são um tanto benevolentes consigo mesmas. Existe, porém, um bom número de mulheres que sabem perfeitamente que não valem muito e, mesmo assim, tentam encontrar um homem que, segundo elas, seja muito especial, de bom caráter, bem posto social e financeiramente, amoroso e gentil. Uso muitas vezes a palavra “valor” por uma razão muito simples: acredito que temos o direito de querer receber o que julgamos estar em condições de oferecer. Ou seja, não tem cabimento continuarmos a pensar no amor como uma mágica incompreensível, como flechadas de Cupido que poderão favorecer algumas pessoas e prejudicar outras. Ainda que seja a aparência, a realidade não é bem assim; ainda existem homens que gostam de se ligar a mulheres consideradas inferiores a eles, mas tal tipo de insegurança masculina tende a desaparecer na atualidade. Essas mulheres que sabem que não têm para dar o que pretendem receber são, de fato, as que agem de forma muito exigente, mas são plenamente conscientes de suas atitudes: tentam fazer de um eventual relacionamento afetivo um “bom negócio”. Elas serão cada vez menos numerosas, uma vez que os homens também têm evoluído, de modo que pretenderão ter parceiras à sua altura. O tempo é outro e, daqui para a frente, o que vai prevalecer mesmo é caráter e competência, e não apenas esperteza. Isso valerá para tudo, inclusive para os envolvimentos amorosos. Está terminando a época em que muitas pessoas usavam palavras românticas para encobrir claros interesses materiais e de ascensão social. |
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