Sinto-me inseguro em inúmeras situações. Nunca tenho certeza absoluta de que estou agindo de modo adequado. Sinto-me ameaçado em muitos momentos do cotidiano, com medo de perder o emprego, de ser rejeitado pelos amigos, de não ser bem aceito em um ambiente novo, e assim por diante. Observo as pessoas e tenho a impressão de que a maior parte delas é tão mais segura e autoconfiante do que eu. O que posso fazer para me sentir como elas?
Resposta: A idéia que fazemos a respeito das outras pessoas, ao observá-las de fora, é que elas são muito mais firmes e determinadas do que nós. Elas nos parecem muito mais seguras, parecem não se abalar com os perigos da vida. Muitas pessoas se empenham em parecer dessa forma, de modo que nos sobra a sensação de que só nós temos insegurança. As pessoas acabam classificando aqueles que conhecem em seguros e inseguros, sendo que elas próprias são as rainhas da insegurança. A grande verdade é que, nesse particular, a vida intima das pessoas é bem mais parecida do que elas manifestam externamente. Assim sendo, só existem mesmo dois tipos humanos: os inseguros e os mentirosos! Como nos sentirmos seguros se vivemos sem nenhum tipo de garantia acerca de nosso futuro, sem sequer sabemos exatamente ao certo de onde viemos e para onde vamos? Nos dividimos, de fato, em duas categorias: aqueles que aceitam mais docilmente a insegurança da nossa condição – e não se empenham em esconder nada daquilo que estão sentindo – e os que, não aceitando as limitações que nos são próprias, gostam de passar por super-heróis e tratam de fingir e demonstrar um estado que não é o que sentem.
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